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O Antigo Intelectual se Vê Cada Vez Mais Marginalizado da História

Bernardo Sorj escreveu recentemente um excelente livro intitulado A Nova Sociedade Brasileira, que vale a pena ser lido.

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Ele mostra uma quebra de paradigma que está ocorrendo.

Como Bernardo é sociólogo, prefiro que vocês leiam dele estas previsões.

A intelectualidade e os cientistas sociais ocuparam nos últimos 50 anos um lugar singular como formadores de projetos para o Estado nacional.

Com a democratização esse grupo foi enormemente reduzido.

Os antigos intelectuais ligados a projetos liderados pelo Estado, geralmente economistas, sociólogos, cientistas e antropólogos continuam a ocupar um lugar importante no debate político pois a sociedade brasileira apresenta problemas sociais de tal monta que continuam necessários.”

Foram estes intelectuais, devo salientar, que financiaram os deficit públicos com emissão de moeda que iniciou nosso processo inflacionário.

Depois cobriram estes deficit endividando o estado até a insolvência, e nestes últimos dez anos cobriram estes deficit sobrando a carga tributária para estes atuais 45%.

Deficit públicos eram gerados porque estes intelectuais queriam acelerar o curso da história, nas quais eles eram os protagonistas infalíveis.

Os deficit de hoje seriam cobertos com os superavit de amanhã, algo que não aconteceu.

Neste 50 anos em vez de crescer mais rapidamente com estas políticas públicas, crescemos mais lentamente, poderíamos hoje ter uma renda per capita o dobro da que temos hoje.

Some-se que nossa carga tributária retira a metade do que ganhamos, o que não ocorria 50 anos atrás antes que estes intelectuais dominaram o estado e temos o seguinte.

Ou seja, poderíamos estar hoje com uma renda per capita praticamente quatro vezes maior, duas pelo crescimento que não ocorreu e praticamente o dobro se não existissem estes impostos em nome do social.

Pergunta: Teríamos este nível de problemas sociais se a renda fosse quatro vezes maior?

Estes números não ficarão escondidos da população para sempre, e quanto mais pessoas mostrarem os fatos reais, estes economistas, sociólogos e cientistas perderão cada vez mais o seu espaço público.

No que Sorj parece concordar.

Se o antigo intelectual se vê cada vez mais marginalizado do palco da história, novas categorias de legisladores ocupam novos espaços.

1. Administradores de empresas, formados por cursos de administração que apropriaram do discurso e da clientela estudantil que anteriormente buscava as Ciências Sociais.

2. Dirigentes de movimentos sociais e ONGs.

3. Técnicos de grandes burocracias, desde promotores de globalização a defensores dos direitos das crianças.”

Pela análise de Sorj, dá também para antever que esta mudança não será fácil, os intelectuais encastelados irão lutar com unhas e dentes para manter o poder.

Vocês estão preparados, e dispostos a lutar pelo bem do Brasil?

O Brasil espera que sim.

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