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Não São os Mais Fortes Que Vencem, São os Mais Ágeis
Um dos grandes erros de alguns intelectuais no Brasil, foi disseminar entre a nova geração que capitalismo é a sobrevivência dos mais fortes.
Essa é uma das razões porque a esquerda sempre atacou as empresas e seus administradores, achando que elas eram grandes devido ao seu poder monopolista ou oligopolista de extrair mais valia dos trabalhadores e da população.
Administradores foram assim sistematicamente discriminados por professores e intelectuais, vilipendiados e até atacados por mais de 50 anos devido a este errôneo conceito da sobrevivência do mais forte, termo incorreto cunhado por Herbert Spengler, que não entendeu Darwin.
Getúlio Vargas extinguiu as escolas de administração em 1946, com a lei 7988/45.
Se fosse a sobrevivência dos mais fortes, os dinossauros estariam povoando o mundo até hoje.
A sobrevivência não é do mais fortes, mas sim dos mais ágeis, aqueles que puderam se adaptar aos novos tempos.
Isso nada tem a ver com força, pelo contrário.
Apesar dos dinossauros serem supremos, não conseguiram se adaptar ao novo ambiente após a queda de um asteroide.
Somos todos descendentes do camundongo, que de forte não tem absolutamente nada.
O segredo da sobrevivência humana é a sua adaptabilidade, sua agilidade em se adaptar às mudanças que ocorrem.
Infelizmente, a maioria dos professores nos ensina a ser precisos, acertar as respostas até a terceira casa decimal, a sermos absolutamente certos e não necessariamente ágeis.
Como tornar um país ágil, que não vive acumulando problemas?
O sucesso das nações depende da rapidez com que ela abandona ideias que funcionaram no passado, mas que agora precisam ser substituídas porque os tempos mudaram.
Esse é também o grande erro da direita, achar que as ideias antigas precisam ser “conservadas”, outra ideologia que nunca aceitou a figura do administrador profissional.
O mundo mudou, mas infelizmente ambas as ideologias de direita e de esquerda estão lerdas, lentas e inadequadas.
Veja a lentidão da máquina do Estado e das empresas familiares.
Minha insistência em valorizar a classe política dos administradores não é porque estes possuem boas ideias, mas porque administradores bem treinados são os únicos capazes de implantar as ideias dos outros na velocidade que precisamos.
Por isso, empresas administradas por administradores profissionais são mais ágeis do que repartições públicas, empresas Estatais e empresas familiares.
A função do administrador é justamente agilizar as decisões de todos os envolvidos na empresa.
É criar sistemas onde os problemas são rapidamente identificados, diagnosticados, soluções alternativas encontradas, avaliadas, implantadas, reavaliadas e corrigidas, tudo isto rapidamente.
A primordial função do administrador seja público ou privado é não permitir que problemas se acumulem e decisões sejam efetivamente tomadas.
Esta é uma das nossas missões.