O fundador da editora Publiki estreia no Guia da Autopublicação explicando como avaliar qual o melhor modelo de impressão para o seu livro: off-set ou digital?

Pablo Massolar

Existem basicamente dois modelos de impressão de livros: a impressão Off-set ou impressão tipográfica que pode utilizar máquinas planas ou rotativas e é indicada para impressão de grandes quantidades de livros; e a impressão digital à laser ou jato de tinta, indicada para impressão de um livro por vez sem necessidade de fotolitos ou chapas.

Sim! Hoje já é perfeitamente possível imprimir apenas um livro. Acabou a necessidade de imprimir grandes tiragens de livros.

A possibilidade de impressão com tiragem reduzida, o sistema de impressão sob encomenda, também chamado de impressão sob demanda, vem crescendo lentamente e atraindo aos poucos os olhares do mercado editorial.

Hoje já é perfeitamente possível imprimir apenas um livro. Acabou a necessidade de imprimir grandes tiragens de livros.

Certamente que os custos de impressão de um único livro no sistema digital ainda são, em média, 2 a 3 vezes maior do que no processo tradicional off-set, se comparado o preço unitário do livro em lotes de mil exemplares, mas isto é plenamente compensado pela quase ausência de estoque e redução drástica dos custos de encalhe e armazenamento dos livros.

Os livros são produzidos sob demanda, à medida que vão sendo comercializados, o que evita custos com investimentos em tiragens grandes iniciais sem uma previsão certa de venda do livro.

No modelo de impressão por demanda ou baixas tiragens o livro só é impresso depois que o pedido de compra chega à loja ou quando o autor ou a editora percebe que o seu estoque está muito baixo, dificultando a pronta entrega do livro, quando solicitado.

Até algum tempo atrás, uma das maiores dificuldades dos autores independentes e também de algumas pequenas editoras, era o elevado custo de impressão de grandes quantidades de livros nas gráficas off-set. Os pedidos mínimos, neste modelo variam entre 500 e 1000 exemplares, mas nem todos os autores precisam desta quantidade toda de livros.

Outro aspecto importante é a não necessidade de armazenamento dos livros físicos, solucionando o problema originado pelo acumular de material nas prateleiras e o pouco espaço livre para guardá-los.

Como já dissemos, o custo unitário do livro, no modelo de impressão por demanda, é mais alto, mesmo assim, isso ajuda a manter no catálogo livros com pouca saída ou que tenham impressão limitada e especial.

Segundo Ricardo Minoru, autor de vários livros da área gráfica e também consultor de tecnologia neste setor, o mercado para livros impressos digitalmente tem potencial para crescer 151 bilhão de páginas em 2014, totalizando 28% de todos os livros físicos sendo impressos digitalmente até 2016.

 

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