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Gilberto Alves Junior

A internet foi criada para conectar computadores. Depois, a web foi criada para conectar os documentos que estavam nestes computadores. Agora, percebemos que o importante são as conexões entre as pessoas sobre as quais os documentos falam: surgem os aplicativos sociais.

No princípio, foram criados sites de redes sociais, como o Orkut e o Facebook. No entanto, estes sites eram muito fechados e limitados. É muito chato ter que criar mais um login e senha, convidar todos os amigos para fazer o mesmo para só então poder interagir com eles.

Então estes sites de redes sociais criaram plataformas através das quais qualquer desenvolvedor pode criar um aplicativo (por exemplo, um game de futebol para jogar com os amigos) e disponibilizá-lo como um módulo na rede social. Os usuários e seus amigos podem escolher e adicionar estes aplicativos nos seus perfis. Ou seja, da mesma maneira que um computador vem com um sistema básico, como o windows, que podemos incrementar com novos programas, como o Word ou o Excel, os sites de redes sociais se transformaram em sistemas básicos que podem ser incrementados com novos programas.

Isso facilitou muito a vida de todo mundo. Dos usuários, que tiveram muitas novas opções para interagir com os amigos. Dos desenvolvedores, que podem inserir seus aplicativos no lugar onde os usuários já estão. Das marcas que ganharam novas possibilidades de engajamento dos consumidores. E também para os próprios sites de redes sociais, que puderam dar mais funcionalidades para seus usuários.

Abriram-se também diversas oportunidades de negócio. Uma marca pode fazer um aplicativo interessante, colocá-lo na rede social e divulgar seu produto de maneira viral. É como se, em vez de abrir uma loja em um ponto obscuro, um comerciante abrisse uma loja em um shopping, ou seja, um lugar para o qual as pessoas já têm o costume de ir para encontrar os amigos e se divertir.

Só que, no caso dos aplicativos sociais, em vez de criar um novo serviço com um novo endereço na internet que ninguém conhece (a rua obscura), as empresas e desenvolvedores independentes podem inserir seus novos aplicativos ou ações de comunicação com o consumidor na rede social (o shopping, o lugar onde as pessoas já estão).

Além do uso para publicidade, existem várias outras maneiras de fazer dinheiro com aplicativos sociais. Um desenvolvedor pode criar um jogo social com itens virtuais específicos pelos quais os usuários paguem em dinheiro. Empresas podem criar aplicativos e ganhar dinheiro vendendo espaços publicitários onde marcas podem anunciar. Pode-se criar aplicativos relacionados a produtos, que ajudem a vender estes produtos online. As possibilidades são infinitas e como este movimento só está começando, ainda há muito espaço para inovar e ganhar mercados inexplorados.

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